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Glossário do PPCP: os principais termos que você precisa conhecer
A área de Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) é repleta de termos técnicos e siglas que podem confundir até os profissionais mais experientes.
Alguns conceitos são amplamente conhecidos, enquanto outros aparecem apenas em contextos específicos da indústria. Para ajudar a compreender melhor esse universo, listamos em ordem alfabética alguns dos principais termos utilizados no PPCP, incluindo alguns que nem sempre recebem a devida atenção.
ABC Curve (Curva ABC)
Método de classificação de itens de estoque ou produtos com base em sua relevância financeira ou estratégica. Os itens “A” representam a maior parte do valor total, exigindo controle detalhado. Já os “B” têm impacto intermediário, e os “C” são os de menor peso no custo ou valor agregado.
APS (Advanced Planning and Scheduling)
Sistemas de planejamento e programação avançados que utilizam algoritmos para otimizar a sequência de produção. Consideram restrições de capacidade, tempo de preparação (setup) e prazos de entrega, ajudando a indústria a ter maior agilidade.
ATP (Available-to-Promise)
O ATP realiza uma projeção futura levando em conta tanto o estoque existente quanto o planejado para produção, avaliando a capacidade de atender a demandas futuras.
Backflush
Método de controle de estoques que atualiza o consumo de materiais somente ao final do processo produtivo. Assim, dispensa registros frequentes no decorrer da fabricação, pois o ajuste de quantidades é feito de forma automatizada quando o produto final é concluído.
Batch Production (Produção em lote)
Forma de produção na qual um conjunto de produtos idênticos é fabricado de uma só vez. Cada conjunto produzido é chamado de lote. Esse tipo de produção é bastante comum em indústrias como a farmacêutica, a de alimentos e em processos que envolvem tratamentos térmicos e superficiais.
BI (Business Intelligence)
Conjunto de métodos e ferramentas usadas para transformar dados em informações estratégicas. No contexto do PPCP, possibilita identificar gargalos, otimizar processos e apoiar a tomada de decisão com base em indicadores e relatórios.
BOM (Bill of Materials – Lista de materiais)
Documento ou registro que especifica todos os componentes, peças e insumos necessários para fabricar um produto, detalhando quantidades e a estrutura hierárquica de montagem.
Bottleneck (Gargalo de produção)
Ponto do processo que limita a capacidade total de um processo de produção. Pode ser uma máquina com baixa velocidade ou um setor com excesso de demanda, impactando prazos de entrega e custos.
Capacity Requirements Planning (CRP)
Planejamento de requisitos de capacidade que verifica se os recursos (máquinas, mão de obra e tempo) são suficientes para atender ao plano de produção, considerando picos de demanda e restrições existentes.
Capacidade finita
Modelo de planejamento em que se considera a disponibilidade real dos recursos produtivos. Trata-se de uma forma mais realista de planejar, pois leva em conta limitações de equipamento e de pessoal.
Capacidade infinita
Abordagem de planejamento que desconsidera restrições práticas de recursos. Simplesmente calcula o tempo ideal para produzir, sem considerar capacidades, o que muitas vezes gera planos de produção inviáveis.
CPT (Capable-to-Promise)
O CTP considera o inventário disponível ou programado, mas também a capacidade total de produção da empresa. O CTP permite que uma empresa faça promessas de entrega baseadas em uma visão realista de suas capacidades operacionais.
Disponibilidade
Um dos três componentes do OEE (Overall Equipment Effectiveness). Avalia o período em que um equipamento esteve efetivamente disponível para produzir, descontando paradas planejadas e não planejadas.
ERP (Enterprise Resource Planning)
Software de gestão integrada que unifica informações de vendas, compras, finanças e produção. Fornece suporte ao PPCP ao conectar diferentes setores da empresa em uma só plataforma.
Engineer-to-Order (ETO)
Abordagem em que o produto é totalmente projetado ou customizado a partir das especificações do cliente antes do início da produção. É comum em setores de máquinas especiais e projetos de grande complexidade, onde cada peça pode ser única.
FIFO (First In, First Out)
Método de gerenciamento de estoques em que os itens mais antigos são usados primeiro. Ajuda a manter materiais em rotação constante e evita perdas por vencimento ou obsolescência.
Gemba
Termo de origem japonesa que significa “o local real” ou “o local onde as coisas acontecem”. No contexto produtivo, refere-se ao chão de fábrica, incentivando líderes e equipes a irem onde o valor é criado para observar processos e identificar oportunidades de melhoria.
Heijunka
Prática do Lean Manufacturing que busca nivelar a produção, garantindo que o volume e a sequência de produtos sejam organizados para evitar flutuações bruscas e otimizar o fluxo.
Indicadores de desempenho (KPIs – Key Performance Indicators)
Métricas que mensuram a eficiência e a eficácia dos processos. Exemplos comuns no PPCP incluem OEE, OTIF (On Time In Full), Lead Time e taxa de refugo. Auxiliam gestores na tomada de decisões embasadas.
JIT (Just in Time)
Estratégia de produção que visa ter o produto ou insumo disponível “no momento exato” em que é necessário, reduzindo estoques intermediários e custos de armazenagem.
Kanban
Sistema visual que controla o fluxo de produção. Utiliza cartões ou sinais visuais para indicar a necessidade de produzir ou reabastecer determinado item, promovendo um fluxo puxado pela demanda.
Lead time
Tempo total que um item leva para ser produzido, desde o início do processo até a entrega final. Impacta diretamente no atendimento ao cliente e na competitividade da empresa.
LIFO (Last In, First Out)
Método de gestão de estoques em que os itens adicionados mais recentemente são os primeiros a sair. Indicado para produtos que não sofrem degradação ao longo do tempo.
MES (Manufacturing Execution System)
Sistema que monitora e controla a produção em tempo real. Conecta o chão de fábrica ao ERP, registrando dados de máquinas, qualidade, mão de obra e consumo de materiais.
MPS (Master Production Schedule) – Plano Mestre de Produção (PMP)
Plano principal de produção que detalha, em alto nível, quais produtos serão fabricados, em que datas e em quais quantidades. Ele serve como base para o planejamento detalhado realizado por sistemas como MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais), CRP (Planejamento da Capacidade de Recursos) e outras atividades de planejamento relacionadas..
MRP (Material Requirements Planning)
Planejamento das necessidades de materiais, garantindo que os componentes corretos estejam disponíveis nos momentos adequados para atender ao plano de produção.
Make-to-Order (MTO)
Modelo em que os produtos são fabricados somente após a confirmação do pedido do cliente. Reduz inventário de produtos acabados, mas pode aumentar o lead time.
Make-to-Stock (MTS)
Estratégia em que os produtos são fabricados para estoque, antecipando a demanda futura. Em contraste com Make-to-Order (MTO), o MTS tende a reduzir prazos de entrega, mas pode aumentar os custos de armazenagem.
OEE (Overall Equipment Effectiveness)
Indicador que mede a eficiência global de um equipamento com base em três fatores: disponibilidade, performance e qualidade. É usado para identificar perdas e oportunidades de melhoria.
OTIF (On Time In Full)
Métrica que avalia se o produto foi entregue no prazo combinado (On Time) e com a quantidade exata solicitada (In Full). Reflete o nível de serviço prestado ao cliente.
PCP (Planejamento e Controle da Produção)
Processo que estabelece o que será produzido, quando será produzido e como será produzido, garantindo o uso adequado de recursos e o atendimento às demandas.
PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção)
Abrange todas as atividades do PCP, adicionando o elemento de Programação. Isso inclui detalhar as sequências e priorizações das ordens de produção, evitando conflitos de recursos e atrasos.
Produção contínua
Forma de manufatura em que a linha opera ininterruptamente, com alto volume e pouca variação de produto. Exemplos incluem refinarias e indústrias químicas.
Produção enxuta (Lean Manufacturing)
Filosofia que se concentra na eliminação de desperdícios e na maximização de valor para o cliente. Inclui técnicas como Kanban, JIT e Heijunka.
Roadmap
Plano estratégico de longo prazo que descreve etapas, objetivos e metas a serem alcançadas em uma iniciativa de melhoria, implementação de sistemas ou evolução de processos.
Roteiro de produção (BOP – Bill of Process)
Documento ou registro que especifica cada etapa, sequência de operações, tempos de máquina e materiais necessários para fabricar um determinado produto.
S&OP (Sales and Operations Planning)
Processo integrado que alinha a previsão de vendas com a capacidade produtiva e a disponibilidade de materiais. Envolve diferentes áreas (vendas, produção, finanças, etc.) para garantir metas realistas e consistência nos planos de médio e longo prazo.
Sequenciamento da produção
Definição da ordem em que as ordens de produção serão executadas, buscando reduzir setups, equilibrar recursos e otimizar o fluxo fabril.
Setup
Período necessário para trocar ferramentas, moldes ou ajustar máquinas na transição de um produto para outro. Reduzir esse tempo é uma estratégia eficiente para aumentar a flexibilidade e a produtividade, sendo possível por meio de um sequenciamento otimizado da produção.
Takt time
Velocidade ou ritmo de produção ideal para satisfazer a demanda em um período. Calculado dividindo o tempo disponível pela quantidade que deve ser produzida.
Tambor-pulmão-corda (TPC)
Método de programação baseado na Teoria das Restrições (TOC). O “tambor” é a restrição que dita o ritmo de produção, o “pulmão” é o estoque de proteção do gargalo, e a “corda” sincroniza o fluxo para evitar excesso de produção adiantada.
Taxa de Stockout
Taxa que indica a frequência com que ocorre falta de um item em estoque, prejudicando o processo produtivo ou o atendimento ao cliente.
Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints)
Metodologia que foca em identificar e gerenciar o recurso que limita o desempenho do sistema produtivo (gargalo), aumentando o fluxo global.
VSM (Value Stream Mapping – Mapeamento de Fluxo de Valor)
Ferramenta que permite visualizar todo o fluxo de materiais e informações no processo produtivo, identificando gargalos e desperdícios. Ajuda a encontrar oportunidades de melhoria e a projetar um estado futuro otimizado.
WIP (Work in Progress – Trabalho em progresso)
Refere-se aos produtos que estão em processo de manufatura, mas ainda não foram finalizados. Um alto WIP pode indicar problemas de fluxo ou ineficiência.
Workflow
Sequência organizada de tarefas, etapas ou atividades que compõem um processo de produção. Um workflow bem definido garante rastreabilidade e maior integração entre equipes
Por que digitalizar o PPCP?
Com tantas variáveis e complexidades no Planejamento, Programação e Controle da Produção, contar com tecnologia de ponta faz toda a diferença. Ferramentas como o Opcenter APS e o Opcenter X permitem a digitalização de processos, melhorando previsibilidade, eficiência e integração na indústria.
A APS3 é o parceiro ideal para digitalizar seu PPCP, ajudando sua empresa a implementar soluções da Siemens que otimizam o planejamento e garantem mais agilidade, confiabilidade e competitividade no mercado.
Clique aqui para conferir como a APS3 pode auxiliar na modernização do PPCP, contribuindo para maior competitividade, redução de custos e satisfação dos clientes. A otimização do Planejamento, Programação e Controle da Produção é um passo essencial na jornada rumo à Indústria 4.0.
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