Por que o APS deve fazer parte do currículo acadêmico da Engenharia de Produção?

Quem se forma em Engenharia de Produção costuma sair da faculdade sabendo como funciona o PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção). O problema é que, em muitas universidades, esse aprendizado ainda se restringe a modelos tradicionais, como o famoso MRP (Material Requirements Planning).

Embora o MRP tenha relevância, a indústria atual lida com desafios que vão além de simples cálculos de demanda e estoque. Ferramentas como o APS (Advanced Planning and Scheduling) trazem soluções mais ágeis e completas, capazes de lidar com gargalos, mudanças rápidas na demanda e restrições de capacidade.

Desse modo, o APS surge como uma oportunidade de preparar melhor os futuros engenheiros, integrando teoria e prática numa visão moderna de planejamento e programação da produção.

A lacuna no ensino sobre ferramentas modernas

O PPCP tem um papel fundamental na Engenharia de Produção: fornece a base para se entender o fluxo de materiais e de informações, a fim de garantir que a fábrica trabalhe com eficiência. Vários cursos universitários, entretanto, ainda focam em práticas que funcionavam bem há décadas, mas que não dão conta das exigências complexas da indústria 4.0. Em muitas aulas, há discussões sobre como funcionam os cálculos de lotes, o dimensionamento de estoques e a programação das ordens, mas raramente se aborda, de forma aprofundada, como as empresas de ponta estão resolvendo problemas de planejamento hoje em dia.

O APS surge como um grande aliado nessas situações. Em vez de considerar apenas dados de materiais e prazos fixos, ele leva em conta a capacidade de máquinas, a disponibilidade de operadores, o sequenciamento inteligente e possíveis interrupções no processo.

Essa visão mais ampla traz benefícios concretos: aumento de produtividade, redução de paradas inesperadas e melhor alinhamento entre o que o chão de fábrica pode entregar e o que os clientes esperam receber. Só que, se esse tipo de ferramenta não aparece na universidade, o futuro engenheiro pode perder a oportunidade de se familiarizar com tecnologias que, fora do ambiente acadêmico, já são usadas de forma intensa.

A importância do APS na indústria

Quando se fala em APS, muitas pessoas pensam que é apenas uma variação do MRP. Na realidade, o APS vai além porque integra planejamento de médio e longo prazos com programação de curto prazo, contemplando restrições de capacidade, ajustes de última hora e simulações de cenários alternativos. O APS verifica se as máquinas conseguem suportar aquela carga de produção, se os operadores estão disponíveis e se há espaço no estoque para acomodar os produtos acabados.

Imagine, por exemplo, uma fábrica de alimentos que precisa lidar com sazonalidades fortes: no fim de ano, a demanda dispara, enquanto em outros meses ela recua. O APS permite que o time de planejamento simule diferentes cenários, alocando a produção de acordo com a mão de obra e os recursos disponíveis.

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Se determinado insumo começa a faltar, o APS ajuda a reordenar as ordens de produção para priorizar o que não depende daquele material, diminuindo o risco de ficar parado. Isso não se limita a grandes empresas: mesmo plantas menores, que lidam com lotes variados ou customização intensa, ganham mais agilidade ao usar esse tipo de solução.

Em fábricas onde máquinas compartilham diversos produtos e lidam com trocas de setup, essa ferramenta mostra ainda mais sua utilidade. Um sistema de APS consegue organizar o sequenciamento para reduzir trocas desnecessárias e aproveitar cada momento de forma eficiente. Assim, o desperdício de tempo diminui e a produção flui melhor, o que se traduz em prazos mais curtos e menos estresse na linha.

Benefícios de incluir o APS na formação acadêmica

Trazer o APS para o currículo de engenharia de produção significa, acima de tudo, preparar o estudante para o que ele vai encontrar no mercado. Quando os futuros engenheiros aprendem apenas as técnicas tradicionais, correm o risco de chegar às empresas sem conhecer as soluções que trazem as melhores práticas do PPCP. Por outro lado, quem já se familiariza com o APS na faculdade sai na frente na hora de buscar oportunidades. Os recrutadores percebem que o candidato não vai precisar de um longo período de adaptação para entender a lógica dos sistemas modernos de planejamento.

Além disso, incluir o APS nas disciplinas aumenta a empregabilidade. Muitas companhias estão em fase de transição dos métodos mais básicos para modelos avançados e precisam de pessoas que entendam o funcionamento desses sistemas. Ter uma formação que envolva estudos de caso, uso de software específico e resolução de problemas reais prepara o aluno para contribuir de forma mais efetiva assim que começa a trabalhar.

Outro benefício aparece na capacidade de análise do profissional. O APS exige, por exemplo, que se entenda a fundo quais são as restrições de processo, como lidar com cenários incertos e como alinhar a produção a outras áreas, como logística e compras.

Quando o engenheiro sabe lidar com esses elementos de maneira integrada, fica mais apto a propor melhorias no chão de fábrica, a dialogar com a equipe de TI e a pensar em soluções que vão além de simplesmente rodar um cálculo de MRP. É uma formação que mescla teoria com prática, deixando o estudante mais preparado para enfrentar os desafios de uma linha de produção moderna.

O APS não é apenas uma ferramenta, mas um diferencial estratégico

Pensar no APS como algo que “poderia” ser ensinado na graduação não faz jus à sua relevância. Em um ambiente em que os prazos de entrega são apertados, a concorrência é intensa e as variações de demanda são frequentes, o planejamento avançado é um diferencial estratégico. Quem domina esse tipo de solução tende a tomar decisões mais embasadas, criar rotinas de produção mais enxutas e responder com agilidade quando ocorrem imprevistos.

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Como Universidades podem incluir o APS na grade curricular?

Existem diversas formas de incorporar o APS nos cursos de Engenharia de Produção. Algumas ideias incluem:

  • Criar disciplinas específicas sobre planejamento avançado – Matérias que ensinem conceitos teóricos e práticos de programação da produção.
  • Usar softwares de APS nos laboratórios – Ferramentas como o Opcenter APS permitem que os alunos testem na prática como funciona o planejamento inteligente.
  • Promover parcerias com empresas – Trabalhar em conjunto com a indústria para oferecer estágios e projetos aplicados, onde os alunos possam ver o APS em ação.
  • Organizar workshops e treinamentos – Trazer especialistas para mostrar casos reais de aplicação do APS e como ele melhora os processos industriais.

Quanto mais cedo os alunos tiverem contato com ferramentas como o APS, mais preparados estarão para o mercado de trabalho e para os desafios da indústria moderna

Opcenter APS e APS3: conectando ensino e indústria

Para que o ensino do APS seja eficaz, é fundamental contar com ferramentas robustas e amplamente usadas no setor. O Opcenter APS, da Siemens, é um dos softwares mais completos para planejamento e programação avançada da produção. Ele permite que as empresas ajustem seus sequenciamentos de forma inteligente, reduzindo desperdícios e otimizando a produção.

A APS3 é especialista na implementação do Opcenter APS e na digitalização da indústria. Além de ajudar empresas a melhorarem sua eficiência, a APS3 também oferece suporte para universidades que desejam incluir o APS na formação dos Engenheiros de Produção. Com treinamentos especializados, consultoria técnica e acesso a tecnologias inovadoras, a APS3 conecta o ensino à realidade da indústria.

Se sua instituição de ensino deseja preparar melhor seus alunos para a nova era da manufatura, conhecer o Opcenter APS pode ser um ótimo começo. Clique aqui e descubra como a APS3 pode ajudar a transformar a forma como a engenharia de produção é ensinada.

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