Como inserir o APS no conteúdo programático das universidades

A integração de tecnologias como o APS ao ensino superior pode transformar a formação em engenharia de produção e preparar profissionais para os desafios da Indústria 4.0.

A formação universitária sempre teve como propósito preparar profissionais para resolver problemas complexos e propor soluções inovadoras. No entanto, a velocidade da transformação digital impõe uma revisão profunda nos currículos.

Se antes bastava aprender técnicas tradicionais de planejamento e controle da produção, hoje as empresas exigem engenheiros capazes de lidar com sistemas inteligentes, restrições dinâmicas e decisões em tempo real.

Inserir o APS (Advanced Planning and Scheduling) no conteúdo programático das universidades é uma resposta direta a essa demanda: uma forma de conectar teoria e prática, preparando alunos para enfrentar a indústria que já se desenha diante de nós.

O distanciamento entre sala de aula e chão de fábrica

Muitos currículos de engenharia ainda seguem uma lógica construída no século XX. Planilhas manuais, cálculos lineares e exemplos estáticos continuam ocupando espaço central em disciplinas de PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção).

Embora esses fundamentos sejam importantes, eles já não refletem a complexidade de fábricas que precisam lidar com centenas de ordens simultâneas, restrições de capacidade, setups longos e exigências comerciais cada vez mais agressivas.

Esse distanciamento cria um efeito preocupante: jovens engenheiros chegam às empresas com boa base conceitual, mas sem experiência prática em ferramentas digitais que já são padrão em grandes corporações. O resultado é a necessidade de longos períodos de treinamento, que poderiam ser reduzidos se a universidade oferecesse contato prévio com tecnologias como o APS.

O que é o APS e por que ele importa para a academia

O APS, ou planejamento e programação avançados, é um sistema que transforma o modo como as empresas organizam sua produção. Diferente das planilhas ou softwares genéricos, ele considera simultaneamente restrições de recursos, prazos de entrega, capacidade de máquinas e estoques, entregando planos realistas e otimizados em segundos.

Para os alunos, ter contato com uma ferramenta como o Opcenter APS, da Siemens, durante a graduação significa experimentar a realidade do PPCP em sua versão mais estratégica, utilizando o que existe de mais atualizado no mercado. Ao invés de apenas calcular lotes econômicos ou aplicar a teoria das restrições em exercícios de papel, eles vivenciam simulações que mostram como uma decisão errada pode gerar gargalos, atrasos ou aumento de custos.

Em outras palavras, o APS coloca os estudantes diante dos mesmos dilemas que os engenheiros enfrentam diariamente no chão de fábrica — mas em um ambiente controlado e pedagógico e com as ferramentas ideais para afrontá-los.

Professores como protagonistas da mudança

A integração de novas tecnologias ao currículo não acontece sozinha. Professores são os principais agentes desse movimento. Ao incorporar o APS em suas disciplinas, eles assumem um papel de facilitadores de experiências que vão além do quadro e da apostila.

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Um exemplo prático: em uma disciplina de PPCP, o docente pode propor um projeto em que os alunos recebem dados de uma fábrica fictícia — ordens de produção, tempos de setup, capacidade de máquinas e prazos de entrega.

Em vez de resolver o problema apenas com cálculos manuais, os estudantes utilizam o APS para simular cenários, comparar alternativas e definir a melhor sequência de ordens. O resultado não é apenas um cronograma otimizado, mas uma compreensão profunda de como decisões locais impactam toda a cadeia produtiva.

Esse tipo de prática aumenta o engajamento em sala e transforma a disciplina em um laboratório de inovação, aproximando a universidade das demandas reais da indústria.

Benefícios estratégicos para alunos e universidades

A inserção do APS nos currículos traz ganhos em múltiplas dimensões:

  • Para os alunos: amplia a empregabilidade, pois eles chegam ao mercado já familiarizados com tecnologias utilizadas globalmente. Além disso, desenvolvem raciocínio analítico, aprendem a tomar decisões com base em dados e formam uma mentalidade digital.
  • Para os professores: amplia a relevância acadêmica das disciplinas, favorece a pesquisa aplicada e possibilita parcerias com empresas que buscam soluções inovadoras.
  • Para as universidades: fortalece a reputação institucional, atrai novos alunos e estabelece vínculos estratégicos com indústrias e fornecedores de tecnologia.

Não se trata apenas de atualizar o conteúdo, mas de transformar a universidade em um polo de formação alinhado à Indústria 4.0, capaz de gerar profissionais prontos para liderar a próxima etapa da digitalização.

Engenharia de produção e APS: uma conexão natural

A engenharia de produção nasceu com o propósito de integrar eficiência, qualidade e custos. Ao longo das décadas, novas metodologias surgiram para apoiar essa missão: MRP, Just in Time, TOC, Lean Manufacturing. O APS é a evolução desse movimento, reunindo a capacidade de processar milhares de variáveis em tempo recorde e de gerar planos otimizados que realmente funcionam na prática.

Para os estudantes dessa área, dominar o APS significa não apenas aprender mais uma ferramenta, mas compreender a lógica que guiará sua atuação profissional. É desenvolver a habilidade de olhar para a fábrica como um sistema vivo, sujeito a imprevistos e interdependências, mas que pode ser conduzido de maneira estratégica por meio da digitalização.

Experiências inspiradoras nas universidades

Algumas instituições brasileiras já começaram a trilhar esse caminho. A Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, promoveu na Semana Acadêmica de Engenharia de Produção (SAEP), realizada de 1 a 5 de setembro de 2025, um espaço para discutir o futuro do PPCP e a importância de ferramentas digitais. A APS3 participou ativamente do evento, apresentando como o Opcenter APS pode transformar a forma de planejar e programar a produção.

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O engajamento dos alunos foi notável. Muitos reconheceram que, ao ver os conceitos aplicados em um software de classe mundial, compreenderam de maneira muito mais clara os impactos de decisões que, em sala de aula, pareciam apenas exercícios. Essa vivência é o que diferencia uma formação tradicional de uma formação voltada para os desafios reais da indústria.

Veja mais sobre a participação da APS3 na SAEP UFPR

Siemens e o incentivo ao mundo acadêmico

A Siemens, líder global em transformação digital, mantém um programa dedicado às universidades, que facilita o acesso de professores e alunos às suas soluções. Isso significa que instituições de ensino podem integrar softwares como o Opcenter APS a laboratórios, projetos e disciplinas, democratizando o acesso a ferramentas que antes estavam restritas a grandes corporações.

Esse programa acadêmico fortalece a ponte entre teoria e prática, criando uma geração de engenheiros que já ingressa no mercado de trabalho com experiência real em tecnologias de ponta.

APS3 e a formação dos engenheiros da Indústria 4.0

A presença da APS3 em iniciativas acadêmicas, como a participação na Semana Acadêmica de Engenharia de Produção da UFPR, reflete nosso compromisso em aproximar a universidade da indústria. Levar o APS para a sala de aula significa formar profissionais mais preparados para os desafios reais, professores conectados às necessidades do mercado e instituições alinhadas à transformação digital.

Acreditamos que a educação é um motor essencial da Indústria 4.0. Ao compartilhar conhecimento e simplificar a digitalização, reforçamos nosso propósito de apoiar empresas e universidades a desenvolverem talentos capazes de conduzir processos produtivos de forma estratégica e eficiente.

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